ESTRADAS NACIONAIS
Ontem resolvi fazer a aventura de viajar do Porto para o Algarve em Estrada Nacional (EN), já a preparar-me para o corte de despesas em Auto Estradas (AE).
Digo-vos desde já que é extenuante. Saí do Porto pelas 12h e cheguei a Portimão eram 19h30, depois de ter convivido com centenas de camionistas e artistas do volante. É fácil de perceber que numa sociedade em que se vive a 200 à hora, as A.E. são necessárias, o que não significa obrigatoriamente serem pagas. Agora até para as SCUT's teremos de desembolsar.
Para quem não sabe, o Fundo Social Europeu (FSE) é responsável pela maior parte das redes viárias construídas nos últimos anos em Portugal e em outros países europeus, como a Espanha ou a Grécia. Mais uma vez, vou ter de voltar ao caso dos espanhóis. Se quiser ir de Badajoz a Madrid, não pago um único tostão. Razão? O Governo espanhol não cobra por algo que teve um investimento praticamente nulo.
Em Portugal, convém tirar rentabilidade do que se faz à custa do Zé Povinho. E esta história dos Itinerários Principais (IP) é apenas mais um exemplo da mediocridade instalada no nosso país...