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Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

terça-feira, outubro 19, 2004

A INFÂNCIA DE UM SORRISO

Sinto saudades do teu sorriso. Ainda me lembro quando juntos saíamos da escola rumo ao jardim, onde vivemos emoções incontáveis e onde rimos e chorámos em uníssono. Onde andarás tu agora, que passaram tantos anos e caminhámos em direcções opostas?

Parece que foi ontem que nos sentámos naquela sala fria de um Setembro chuvoso. Ficaste ao meu lado, e eu olhei para ti pensando como eras bela e doce. Trocámos aquelas palavras soltas e pueris que só as crianças são capazes de o fazer, e sorrimos ambos. Foi esse sorriso que me marcou para sempre, de tão singelo e puro que era e ainda hoje transporto na memória.

Continuo a recordar-me de ti quando passo naquele jardim que foi nosso, na escola em que crescemos passo a passo, que conhecemos novos mundos e desbravámos uma eternidade só nossa. Era tudo nosso, não era? Mesmo agora, continuo a pensar que o mundo é nosso, basta querermos.

Por isso não esqueço esse sorriso de menina, e por momentos volto a ser a criança adormecida em mim. A nossa capacidade de sonhar não se desvanece nem esmorece só porque o tempo passa por nós. E será que continuarás tu a desabrochar esse sorriso?

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