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Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

sábado, outubro 30, 2004

LABIRINTO DO CORAÇÃO

O que foi que disseste?
Falaste algo durante a hora que passou?
O que foi que fizeste?
A cabeça explodiu de vez? Estoirou?

Nada....só sei que nada sei
Perdi-me no labirinto da vida
Começo de novo aquilo que não acabei
Olhando o lado bom da despedida

Pensar no que vem assusta imenso
Virar a página, saltar o muro
Queimar o último resto de incenso
Do fado da serenata que prevê o futuro

Queres de mim o quê?
Um sonho, um pesadelo que te leve bem alto?
Ou apenas queres algo que não se vê?
O sol que não brilha quando eu te falto?

Simplesmente não te entendo
Para onde caminhas tu agora?
No caos, no vazio em que me rendo
Destrói-se a alma sem demora

Nunca te contei um segredo
Nunca te contei porque sou assim
Não sei se foi paixão, se foi medo
Quando te beijei e pensei que era o fim

De onde vem esta loucura atroz
Este ser suicida que me invade
Diante do corpo que abriga a voz
Seca, dura e plena de ansiedade

Apaixonado sempre estive agora
Louco, morrendo pelo gelo do teu coração
Tristemente morrendo pela vida fora
À procura de mais do que uma simples razão


(Kundun - Outubro 2004)

2 Comments:

Blogger lobices said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

31 de outubro de 2004 às 15:59  
Blogger Unknown said...

lindo poema :)

20 de outubro de 2017 às 00:11  

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