Código Binário

Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

sexta-feira, dezembro 31, 2004

ANO NOVO

Mais um ano que termina. Não tenho grandes recordações de 2004, que para mim foi tão aziago, mas ao mesmo tempo, tão pleno de novas perspectivas de vida e novas emoções.
Aprendi muito durante o período que lutei (e luto) por entender tudo o que se passou na minha vida e as razões pelas quais sofri imenso. No fundo, acho que esse sofrimento será sempre necessário para que cresçamos e entendamos qual o nosso papel neste mundo, e porque razão passamos por tantas provas ao longo do trajecto terreno.
Televi as imagens dos terríveis acontecimentos na longínqua Ásia e percebo que por vezes perdemos tempo demais a pensar nas coisas, quando devemos é aproveitar todos os momentos, que são únicos e irrepetíveis.

Para ti, que mesmo já longe de mim, transporto no coração, não me esquecerei nunca da forma como vivo (e vivi) os sentimentos que em mim habitam. Mas vou (re)aprender a gostar de mim...

A todos os que aqui vêm aportar e que me têm acompanhado nos últimos meses, desejo um FELIZ ANO NOVO com tudo o que mais desejarem, porque o sonho comanda a vida.

domingo, dezembro 26, 2004

OBRIGADO RTP MEMÓRIA

A noite de Consoada, para além de ser um momento natural de confraternização familiar, é também uma altura nostálgica, onde se recordam acontecimentos passados. Estava eu a fazer zapping pelos variados canais da Tv Cabo quando, ao passar pela RTP Memória, me deparo com uma cara conhecida, algures entre a multidão de crianças que viam a exibição de palhaços e afins do Circo Chen.
Passado alguns segundos, desfiz as dúvidas, quando a mesma cara volta ao ecrã em primeiro plano, sorridente e alegre como são normalmente as crianças de 10 anos. Era eu, e aquele dia voltou aos poucos à minha lembrança.
Obrigado à RTP Memória por me ter feito voltar aos tempos de miúdo, em que as chatices não existiam e o mundo era o meu recreio...

terça-feira, dezembro 07, 2004

DIAS DE ESPERANÇA

Dias passaram na minha vida
Ausente, longínqua, sentida
A paixão, onde andava ela?
Quando se abriria a janela?

Medos percorriam o meu ser
Fraco, abstracto, frio de prazer
A mente pelas negras feridas queimada
Por um fumo baço sem chama ateada

Tentei sem fim percorrer o deserto
O futuro vazio, estranho, incerto
O coração em vão jogando dados
Cheios de esperança mas eternamente viciados

Palavras soltas, esquecidas na memória
Fendas num mundo sem estória
Conversas que ninguém ouve nem sente
Um negro silêncio que te empurra e te mente

Hoje enfim, amor, chegaste aqui
Uma suave pincelada, um breve croqui
Pintada numa cativante aguarela
Linda, serena, doce e bela

Amo-te! Será dizer pouco agora

Querer que nunca te vás embora
Sentir a tua alma num mar de luz
Que me envolve e longamente me seduz

Desejo-te como manhã abraçando a eternidade
Num sentimento sem tempo nem idade
Lágrimas doces vertem por tanto te querer
Assim tu sejas minha, assim eu possa ser.


(Kundun - Dezembro 2004)