TU
Tu acendes a chama do teu olhar
No mesmo segundo que te vejo passar
Como uma seta apontada ao desconhecido
Como um sopro de paz voando baixinho
Tu dizes, sentes, calas o mundo que te rodeia
Fazes as paredes ruir, as pedras chorar
O tempo correr lento num longo murmúrio
Que perdura na eternidade do sorriso
Tu estás sempre aqui
Sempre tão viva, tão real
Como o firmamento pleno de estrelas longínquas
Como o ar puro que o nada teima em crucificar
Tu és única, original
Um risco de uma tela cheia de linhas inacabadas
Chorando palavras que o tempo não apaga
Chovendo em mim um todo um imaginário sem fim