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Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

segunda-feira, novembro 29, 2004

SILÊNCIO

Amo-te!
Não sei bem porquê, nem qual a razão
Só sei que o meu coração explode
Quando te vejo passar no meu mundo.

Olho bem dentro de ti
E o que vejo?
O vazio, a indiferença atroz
Um campo de rosas murcho pelo tempo

Não sei porque reages assim
Talvez seja minha a culpa, quem sabe?
Talvez seja apenas a tua forma de dizer adeus
Sem que os teus lábios se movam

Tento por todas as formas alcançar-te
Sentir-te, respirar-te dia após dia
Mas tu apenas exalas ódio, amargura
Porquê, meu amor? Que foi que eu te fiz?

Aproximei-me demasiado na loucura
De tentar ser feliz contigo
Na loucura de tentar amar-te
E o que recebi em troca?

Apenas o silêncio....
Nada mais que o escuro som do teu silêncio
Que mais posso dizer agora, meu amor?
Nada, apenas me resta mergulhar no incerto.

(Kundun - Novembro 2004)

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