Código Binário

Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

quarta-feira, novembro 17, 2004

TRISTEZAS

Detenho-me no sossego do meu quarto. Olho à volta. Desilusão, trevas, tudo entristece este já de si triste recanto. Vai-te embora solidão, leva contigo a escuridão da minha alma, vazia, morrendo lenta, sem luz, sem ar, sem alguém para abraçar nas longas noites de silêncio em que deliro, em que vagueio no infinito dos meus desejos resplandecentes.
Tu percorres minhas noites, ao som do violino que toca minha alma, meu mundo íntimo, o céu do meu céu, o mar do meu mar, o amor do meu amor, tudo aquilo que tenho e que ninguém quer. Desaparece daqui para fora, controla teus anseios de me impedires de sentir o nirvana que quero alcançar, deixa percorrer este sabático caminho, cheio de perigos, mas compensador se chegar ao sítio certo.
Entretanto, a escuridão é a minha visão, o meu cheiro são as trevas, minha comida é o negro que me envolve num longo abraço homicida do qual me quero libertar para sempre.

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