Código Binário

Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...

quinta-feira, novembro 04, 2004

MOMENTO FINAL

Sentir o chão que desaba no nada
Viver o tempo sem pressa de chegar
Olhar o horizonte, subir a escada
E no final, não ter o que agarrar

Esperar horas, dias, anos, sem esmorecer
Aprisionado à luz que vagueia no ar
Repetir passos, frases e ideias sem perceber
E no final, não ter o que agarrar

Que sonho, que ilusão trazida no bornal
Que falha, que erupção sussurrando devagar
Qual maremoto surgindo sem sinal
Num lento e mórbido abraçar


(Kundun - Novembro 2004)

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