Código Binário
Sem grandes pretensões, o escriba de serviço quer partilhar opiniões, sentimentos e angústias num mundo em que as possibilidades são só duas: sim ou não. Fala-se de tudo, desde a religião, passando pelo sexo e pelo futebol, sem deixar a política de parte...
quinta-feira, outubro 15, 2009
quarta-feira, outubro 14, 2009
IN "RETRATO DE MÓNICA"
"...A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais..." by Sophia de Mello Breyner Andresen
THE PATH
terça-feira, outubro 13, 2009
LONGE DA TERRA QUEIMADA
VISÃO
Hoje vi-te nos meus sonhos mais insensatos
Percorrendo a minha alma luzidia
Por momentos, perdi-me em pensamentos abstractos
Esquecendo-me do que em vão fugia
Encontrei-te onde menos esperava
No meu corpo inerte, numa eterna ferida
Mas que em sonhos te abraçava
Como um derradeiro sopro de vida
Já te disse que o teu olhar é lindo
Como o sol que se põe no horizonte
Como as gotas de chuva caindo
Como a cascata que corre do monte
Não encontro muito mais palavras para te descrever
O sonho aos poucos vai escapando no éter escuro
Mas ainda acredito que não irei morrer
Sem por fim, derrubar o muro
O REGRESSO
Ao fim de algum tempo sem escrever (ainda parece que foi ontem, mas já lá vão 4 anos) neste meu cantinho, acho que chegou a altura de voltar a debitar algumas parvoíces que vão saindo desta cabeça, tão louca quanto oca.
Como disse no início desta odisseia do Código Binário, sempre gostei de escrever, e apesar da paragem, nunca me esqueci dos meus gostos e dos meus interesses...
Veremos por quanto tempo continuo a ter "paciência" para me ler...
terça-feira, junho 14, 2005
ATÉ SEMPRE EUGÉNIO
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.
E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus
(Eugénio de Andrade - Adeus)
sábado, março 26, 2005
TEMPO
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Did I ?
Did I say that missing you is forever?
Did I say that words cannot express what you mean to me everyday?
Did I say that life doesn’t deserve to be lived together?
Did I say that feeling lonely is just a non provoking way?
Run to my world without fear of being wrong
Don’t even try to understand your heart breathing
Sacrifice your foolish thoughts whispering strong
Sky is blue, and you’ll find happiness again
terça-feira, fevereiro 08, 2005
CLOSER
CARNAVAL
terça-feira, janeiro 25, 2005
segunda-feira, janeiro 24, 2005
TU
Tu acendes a chama do teu olhar
No mesmo segundo que te vejo passar
Como uma seta apontada ao desconhecido
Como um sopro de paz voando baixinho
Tu dizes, sentes, calas o mundo que te rodeia
Fazes as paredes ruir, as pedras chorar
O tempo correr lento num longo murmúrio
Que perdura na eternidade do sorriso
Tu estás sempre aqui
Sempre tão viva, tão real
Como o firmamento pleno de estrelas longínquas
Como o ar puro que o nada teima em crucificar
Tu és única, original
Um risco de uma tela cheia de linhas inacabadas
Chorando palavras que o tempo não apaga
Chovendo em mim um todo um imaginário sem fim
quinta-feira, janeiro 20, 2005
PENSAMENTO DO DIA
terça-feira, janeiro 18, 2005
DESPEDIDA DESILUDIDA
Sol, lua, terra, mar
Fogo, voz, odor, cheiro
Amar, querer, chegar
Fumo que sai do cinzeiro
Não digas mais nada
Não quero saber o que dizes agora
Estou perdido na emboscada
Do barco que se vai embora
Leva com ele toda a verdade
Num baú cheio de recordações
Deixando somente a saudade
Com milhares de desilusões
Leva tudo o que me fez perder o sentido
O que é a vida sem recheio?
É um caminho longo e descolorido
Quero chegar ao fim sem viver o meio
O meu coração bate, mas para quê bater?
Não quero ver o que vejo
Cega o dia que aí vem a nascer
Faz luz do meu desejo
Quero esquecer que existi num mundo
Onde já não quero estar
Pois o que tenho de mais profundo
Não tem onde poisar
Voa para a morte
Voa, dá asas para não sofrer
Procura uma melhor sorte.
No outro lado talvez vá ter
Desaparece, não deixes rasto
Enxuga as lágrimas de sal
Que molham o leito seco e gasto
Já não quero ser um simples mortal
Quero ouvir o vento sussurrar
Aos meus ouvidos de mansinho
O que tu amas não vai chegar
Procura outro caminho
O céu vai chorar, talvez
Tudo o que queria descobrir
Só tu não o vês
Só tu não vais sentir
Minha falta num poema
Numa carta, numa nota
Num filme de cinema
Ou no silêncio à tua volta.
Fez-se silêncio. Será que já morri?
Será que já vejo o além?
Não. Ainda não consegui
Continuo a ser ninguém...
Mas já morri um dia
Morte igual nunca terei
Pois a tristeza que nasceu da alegria
Sei que dela jamais sairei
Preso estou numa masmorra
Sem chave para abrir
À espera que morra
Daqui quero fugir
Já estive perto da eterna felicidade
Vivi na ilusão de a possuir
Mentira, calúnia de tenra idade
Uma vida passada a fingir
Morro, vivo para morrer
Não era isto que eu queria
Então para quê viver?
Vou apressar a minha estadia
Desfaleço nos dias que correm
Esmoreço gasto às incidências da minha vida
Minhas forças já morrem
Nesta triste despedida
Adeus, mundo cruel
Estou de partida para não voltar
Mas a ti serei fiel
Até à minha alma se apagar.
Amar-te-ei até ao limite da minha força interior
Venerar-te-ei como veneram o Senhor
Que lá no céu
Abençoará este amor só teu
Não te esqueças destas palavras singelas
De alguém que sofre com punhais
Cravados em suas costelas
Adeus! Até sempre e nunca mais!
quarta-feira, janeiro 12, 2005
ODORES
segunda-feira, janeiro 10, 2005
PRÓXIMO DESTINO: BURUNDI ?
domingo, janeiro 09, 2005
VISÃO DOLOROSA
sexta-feira, dezembro 31, 2004
ANO NOVO
Aprendi muito durante o período que lutei (e luto) por entender tudo o que se passou na minha vida e as razões pelas quais sofri imenso. No fundo, acho que esse sofrimento será sempre necessário para que cresçamos e entendamos qual o nosso papel neste mundo, e porque razão passamos por tantas provas ao longo do trajecto terreno.
Televi as imagens dos terríveis acontecimentos na longínqua Ásia e percebo que por vezes perdemos tempo demais a pensar nas coisas, quando devemos é aproveitar todos os momentos, que são únicos e irrepetíveis.
Para ti, que mesmo já longe de mim, transporto no coração, não me esquecerei nunca da forma como vivo (e vivi) os sentimentos que em mim habitam. Mas vou (re)aprender a gostar de mim...
A todos os que aqui vêm aportar e que me têm acompanhado nos últimos meses, desejo um FELIZ ANO NOVO com tudo o que mais desejarem, porque o sonho comanda a vida.