SILÊNCIO
Amo-te!
Não sei bem porquê, nem qual a razão
Só sei que o meu coração explode
Quando te vejo passar no meu mundo.
Olho bem dentro de ti
E o que vejo?
O vazio, a indiferença atroz
Um campo de rosas murcho pelo tempo
Não sei porque reages assim
Talvez seja minha a culpa, quem sabe?
Talvez seja apenas a tua forma de dizer adeus
Sem que os teus lábios se movam
Tento por todas as formas alcançar-te
Sentir-te, respirar-te dia após dia
Mas tu apenas exalas ódio, amargura
Porquê, meu amor? Que foi que eu te fiz?
Aproximei-me demasiado na loucura
De tentar ser feliz contigo
Na loucura de tentar amar-te
E o que recebi em troca?
Apenas o silêncio....
Nada mais que o escuro som do teu silêncio
Que mais posso dizer agora, meu amor?
Nada, apenas me resta mergulhar no incerto.
(Kundun - Novembro 2004)